Flávio Carneiro
Amante do futebol, Flávio Carneiro (Goiânia, 1962), aos 17 anos, recebeu um convite para jogar profissionalmente no Guarani de Campinas, que havia acabado de vencer o campeonato brasileiro. Amante da literatura, ele recusou a oferta e decidiu mudar-se para o Rio de Janeiro, para estudar Letras. Hoje, Flávio Carneiro é autor premiado de romances, contos, ensaios, textos infanto-juvenis e, ainda, roteiros cinematográficos. Doutor em literatura e professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, ele colabora como critico literário para O Globo e outros veículos. Flávio transita com rara desenvoltura entre os campos da ficção e da reflexão. E, é claro, também encontra tempo para o campo de futebol: ele joga em um time de veteranos, em Teresópolis, na região serrana do Rio.
O primeiro livro de Flávio Carneiro foi Acorda, Rita!, um conto infantil sobre uma menina que odiava acordar cedo e tinha um despertador igualmente dorminhoco. Mais de dez anos depois, essa história foi ampliada e deu origem à novela A casa dos relógios, adotado por muitas escolas do Brasil. “Navegando entre o sonho e a realidade, Flávio contorna a moral da história e permite ao leitor, pequeno ou adulto, a liberdade da melhor interpretação possível”, escreveu o filósofo Adauto Novaes. No livro de crônicas Passe de letra – futebol & literatura, Flávio uniu suas duas paixões, conquistando leitores de todas as idades.
No país do presente: ficção brasileira no início do século XXI é uma coletânea de 65 resenhas de livros publicados entre 2000 e 2004, de escritores novos e consagrados, que Flávio escolheu seguindo dois critérios: qualidade e representatividade. Ele analisa, com lucidez e linguagem acessível ao leitor comum, a diversidade da narrativa produzida no Brasil nesse período.
Flávio estreou como romancista com O Campeonato. André, um leitor compulsivo de tramas policiais, decide ganhar a vida como detetive. A história mistura suspense, aventura e humor. Já no livro A Confissão, um homem seqüestra uma mulher e diz que precisa lhe contar uma história. Aos poucos, o leitor vai se envolver num relato de amor e medo, em que a seqüestrada desempenha um papel inusitado. Nesse romance sedutor, prazer e morte servem como meios para um homem restaurar as rédeas de sua vida. “Busco histórias imaginativas, com lugares que não existem, por exemplo, ou personagens beirando o fantástico, o sobrenatural”, diz Flávio Carneiro sobre a sua ficção.
OBRAS
Romances
A confissão (236 págs.) – 2006, Rocco
O campeonato (384 págs.) – 2002, 2009, Rocco
A Ilha (208 págs.) – 2011, Rocco
O Livro Roubado (224 págs.) – 2013, Rocco
Um Romance Perigoso (288 págs.) – 2017, Rocco
Contos & Crônicas
Da Matriz ao Beco e Depois (121 págs.) – 1994, nova edição no prelo, Rocco
Passe de Letra: Futebol & Literatura (168 págs.) – 2009, Rocco
Infantil & Juvenil
A corda, Rita! / il. Rogério Nunes Barros (31 págs.) – 1986, Globo
Lalande / il. Rui de Oliveira (80 págs.)– 2000, Global
O livro de Marco / il. Avelino Guedes (62 págs.) - 2000, Global
Prezado Ronaldo (127 págs.)– 2006, Edições SM
A Distância das Coisas / il. Andrés Sandoval (144 págs.) – 2008, Edições SM
Devagar & Divagando (40 págs.) / il. Flávio Fargas – 2014, Rocco
Não Ficção: Ensaios
Entre o cristal e a chama: ensaios sobre o leitor (182 págs.) – 2001, nova edição no prelo, Rocco
No país do presente: ficção brasileira no início do século XXI (338 págs.) – 2005, Rocco
O leitor fingido (208 págs.) – 2010, Rocco
Edições Estrangeiras
Colômbia: Apreciado Ronaldo / tradução: Beatriz Peña - 2009, SM
Colômbia: La Distancia de las Cosas / tradução: Federico Ponce de Léon - 2013, SM
Portugal: A Confissão - 2010, (direitos revertidos)
México: A Distância das Coisas (no prelo), SM
Prêmios
Prêmio Octavio de Farias, da União Brasileira de Escritores (seção RJ), 1995, por Da matriz ao beco e depois
Finalista do Prêmio João-de-Barro, da Prefeitura de Belo Horizonte, 2000, por A casa dos relógios
Finalista do Prêmio João-de-Barro, da Prefeitura de Belo Horizonte, 2001, por Lalande
Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) - Selo Altamente Recomendável para o Jovem, 2001, por Lalande
Prêmio Barco a Vapor de Literatura, 2007, por A Distância das Coisas
Finalista do Prêmio Jabuti na categoria romance, 2007, por A confissão
Finalista do 5º Prêmio Zaffari & Bourbon, 2007, por A confissão
Prêmio Tiokô, da União Brasileira de Escritores (seção Goiás), 2005-2007, pelo conjunto da obra
Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) - Selo Altamente Recomendável para o Jovem, 2009, por A Distância das Coisas
Prêmio Jabuti, Câmara Brasileira do Livro, 2009, Categoria Juvenil, por A Distância das Coisas
Prêmio Mario de Andrade da Fundação Biblioteca Nacional, 2010, por O Leitor Fingido
Direitos Revertidos
A Casa dos Relógios / il. Carlos Gomes de Freitas II (78 págs.) – 1999