Ilana Casoy: a dama do true crime brasileiro

27 de fevereiro de 2024

Conheça três livros da escritora e criminóloga que analisou dezenas de crimes ocorridos no Brasil e no mundo

Por Felipe Maciel

Uma das produções brasileiras de maior sucesso no exterior, a terceira e derradeira temporada da série “Bom dia, Verônica” estreou recentemente na Netflix trazendo novidades no elenco, com a entrada de Rodrigo Santoro e Maitê Proença, e reforçando a aposta no terror psicológico.

Inspirado no livro homônimo da dupla Ilana Casoy e Raphael Montes, que também divide o roteiro da produção para o streaming, a ficção se inspira nos elementos narrativos do true crime, gênero que virou fenômeno midiático, mesclando elementos da cultura pop, linguagem realista, clima noir e o fio de tensão das tramas de detetive.

Nessa seara, não é exagero afirmar: a criminóloga e escritora Ilana Casoy é a dama do true crime brasileiro e, não à toa, a madrinha do selo Crime Scene, da DarkSide.

Confira três livros da autora de arrepiar. Apenas cuidado para não perder o sono e não desgrudar das páginas.

📷 Fernando Moraes/Folhapress

Serial killers: Made in Brazil

DarkSide

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Sete casos de serial killers brasileiros, três dos quais a autora entrevistou pessoalmente, revelando depoimentos chocantes e inquietantes. Um relato cruel feito pelos próprios assassinos, conduzido com maestria por quem entende do assunto.

Casos de família: arquivos Richthofen e arquivos Nardoni

DarkSide

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A criminóloga abre pela primeira vez seus cadernos de anotações utilizados durante a pesquisa na Polícia Civil, Científica e Ministério Público dos crimes envolvendo as famílias Richthofen e Nardoni, que, ainda hoje, chocam o país.

Serial killers: Louco ou cruel?

DarkSide

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Transitando entre a Criminologia, o Direito, a Psiquiatria e a Psicologia, Ilana Casoy disseca 16 casos reais de serial killers que chocaram o século 20, entre eles Ted Bundy, Jeffrey Dahmer e o Zodíaco, cuja identidade segue desconhecida até hoje.

A elegância literária de Lygia Fagundes Telles corre o mundo

27 de fevereiro de 2024

Um dos maiores nomes da literatura brasileira do século 20, Lygia Fagundes Telles é publicada, simultaneamente, na França e na Eslováquia

Por Felipe Maciel

Lygia Fagundes Telles ganha edições de sua obra na França e na Eslováquia. A notícia alvíssara veio quase ao mesmo tempo. Com o título “Les Heures Neus” já em gráfica, a editora francesa Cambourakis publica em breve o romance moderno “As horas nuas”, que traz um arguto gato narrador que a tudo observa e desvenda ao redor. Na sequência, os leitores de língua francesa poderão se surpreender também com “Antes do baile verde” e “As meninas”.

Publicado, originalmente, em 1970, “Antes do baile verde” reúne contos selecionados contos a dedo pela escritora, nos quais passeia de modo magistral por diversos gêneros — desde o romance até o terror. Já o romance “As meninas”, Prêmio Jabuti de 1974, ganhou rapidamente o status de clássico contemporâneo, uma obra inesgotável, que, a cada leitura, revela novas camadas de interpretação.

Enquanto isso, em abril, a obra da escritora chega paralelamente à Eslováquia. A editora lusófona Portugalský Inštitút lança em eslovaco o romance “As meninas”, que sai por lá com o enigmático título “Dievčatá”.