Sobre a autora
Ivana Arruda Leite nasceu em 1951, em Araçatuba, interior de São Paulo, mas ainda menina se mudou para a capital, onde mora até hoje. É Mestre em Sociologia pela Universidade de São Paulo. Publicou livros de contos, romances e uma novela. Dedicou-se também a inúmeras adaptações de clássicos infantis. Participou ainda de antologias e coletâneas no Brasil e no exterior, entre elas, Putas – o melhor do conto brasileiro e português e Geração 90: os transgressores. Atualmente ministra oficinas literárias em sua residência e mantém, desde 2014, um programa em que mistura culinária e literatura na unidade do SESC-Ipiranga, em São Paulo, chamado Cozinha da doidivana.
Com uma estreia tardia na literatura, publicou seu primeiro livro de contos em 1997, Histórias da mulher do fim do século. Em 2003, fez a primeira incursão literária destinada ao público juvenil, com o livro Confidencial – anotações secretas de uma adolescente. No ano seguinte, lançou uma série de adaptações de clássicos universais pela Editora Escala, revistando, entre outras, as histórias de Pinóquio, Robin Hood e Peter Pan. O primeiro romance adulto viria apenas em 2009, quando publicou a ficção Hotel Novo Mundo pela Editora 34.
A autora firmou-se como uma voz independente dentro do ambiente literário e, mesmo tendo iniciado a carreira após os 40 anos, construiu uma obra madura e respeitada, publicada fora do circuito das grandes editoras do país.
Citações
“O humor desconstrói o drama e altera qualquer relação de poder. Nos contos de Ivana, a autoironia que as vozes femininas dominam se transforma em arma poderosa.”
Beatriz Resende, crítica literária e professora universitária, sobre Contos reunidos (Demônio negro)
“Ivana Arruda Leite fez um relato ao mesmo tempo duro e singelo sobre a redescoberta de como “a vida pode ser simples”, de como comportamentos “desviantes” se incorporam à banalidade sem ambição -e de como o próprio romance (que já foi o mais corrosivo gênero literário) pode extrair beleza da banalidade.”
Manuel da Costa Pinto, crítico literário e colunista da Folha de S. Paulo, sobre Hotel Novo Mundo (Editora 34)
“Quando eu saio por aí dizendo que a Ivana Arruda Leite é o Proust da minha geração todo mundo replica: você diz isso porque é amigo da Ivana. Há uma variante: você diz isso porque não leu Proust. Eu respondo na lata: digo isso porque li me babando todo de prazer e emoções docemente regressivas essa dádiva colérica que é ‘Eu te darei o céu’ (editora 34, recém-lançado), que todos os proprietários de uma coleção de cinco décadas de vida, como eu, bem como todos que almejam possuí-la um dia, não podem deixar de ler imediatamente. Antes do Proust até”.
Reinaldo Moraes, escritor, sobre Eu te darei o céu: e outras promessas dos anos 60 (Editora 34)
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