Sobre o autor
Ricardo Lísias nasceu em São Paulo em 1975. É formado em Letras, com Mestrado em Teoria e História Literária pela Universidade Estadual de Campinas e Doutorado em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo. Publicou seu primeiro romance em 1999, com o título O cobertor de estrelas. Escreveu romances elogiados, que provocaram debates calorosos entre leitores, jornalistas e seus pares, como O livro dos mandarins, O céu dos suicidas e Divórcio, todos eles pela Alfaguara.
Colabora eventualmente para veículos de imprensa, como a revista Piauí, que chegou a publicar trechos de alguns de seus livros e contos. Já foi traduzido para o inglês, francês, espanhol, galego, alemão, japonês e o hebraico. Participou também da edição da prestigiosa revista inglesa Granta, que apresentou, em 2012, os melhores jovens escritores brasileiros.
É autor de romances e contos em que os protagonistas carregam o nome do próprio autor e reúnem diversas coincidências biográficas, como a mesma profissão, a cidade onde vivem. Ricardo, no entanto, refuta a classificação de autor de autoficção. “Eu não gosto do termo autoficção. Por isso, nos meus últimos livros, quis discuti-lo. O que me incomodava na minha geração (de autores) era aquela exposição escancarada, como se a linguagem permitisse transformar o nosso íntimo em arte.”, afirmou.
Para Ricardo, a arte literária tem o propósito de provocar e fazer pensar. Em entrevistas à imprensa, questionou, por mais de uma vez, o papel da literatura contemporânea e a produção literária de escritores de sua geração. “A literatura brasileira não está em choque com o Brasil atualmente. Temos pessoas de resistência, mas não é um movimento”, afirmou em entrevista à Vice.
Citações
“Em ‘O céu dos suicidas’, Ricardo Lísias já mostrara que conseguia fazer a difícil passagem de um evento biográfico traumático para a literatura, numa mescla impressionante e errática de violência e humor que em muitos momentos lembrava o jovem Philip Roth. Em ‘Divórcio’, um novo acontecimento trágico para o personagem que leva o nome do autor, a descoberta de um diário que põe fim a seu casamento de apenas quatro meses, recebe um tratamento igualmente sofisticado, mas de um jeito diferente.”
Adriano Schwartz, crítico literário e professor de Literatura da USP, sobre Divórcio (Alfaguara), para a Folha de S. Paulo
“Pois a dor que deveras sente Lísias, o escritor, foi virtuosisticamente resolvida no “chega a fingir que é dor”: um romance tão elegante, tão irônico, que faz o leitor sentir o proverbial nó na garganta.”
Alfredo Monte, crítico literário, sobre O céu dos suicidas (Alfaguara), para a Folha de S. Paulo
“’Divórcio’ é um dos melhores romances brasileiros lançados em 2013. Ricardo Lísias, que ainda colhia o merecido reconhecimento por ‘O céu dos suicidas’, lançado um ano antes, retorna com um projeto – para dizer o mínimo – ousado”
Revista Amalgama, sobre Divórcio (Alfaguara)
Leia mais
Matéria da Folha de S. Paulo sobre A vista particular (Alfaguara)
Matéria sobre Diário da catástrofe (autopublicado na Amazon) da revista Época
Em debate ‘cabeça’, Ricardo Lísias diz não fazer autoficção, O Globo