29 de outubro de 2015

Malala, a menina que queria ir para a escola

“Ela não sonhava em encontrar um príncipe encantado, mas em ir para a escola; não queria se realizar por meio do casamento, mas por si própria com o mundo de possibilidades que a educação oferece. É uma anti-Cinderela.”

O livro traz às crianças a história extraordinária de Malala Yousafzai, a menina paquistanesa que sobreviveu a um atentado, do qual foi alvo por defender o direito à educação, e se tornou a mais jovem ganhadora do Nobel da Paz. Ela nasceu no Vale do Swat, região montanhosa e tribal do noroeste do Paquistão, cobiçada no passado por conquistadores como Gengis Khan e Alexandre, o Grande, e protegida pelos bravos guerreiros pashtuns – os povos das montanhas. Foi habitada por reis e rainhas, príncipes e princesas, como nos contos de fadas. Malala cresceu entre os corredores da escola de seu pai, Ziauddin Yousafzai, e era uma das primeiras alunas da classe. Quando tinha dez anos viu sua cidade ser controlada por um grupo extremista chamado Talibã. Eles vigiavam o vale noite e dia, e impuseram muitas regras. Proibiram a música e a dança, baniram as mulheres das ruas e determinaram que somente os meninos poderiam estudar. Mas Malala foi ensinada desde pequena a defender aquilo em que acreditava e lutou pelo direito de continuar estudando. Ela fez das palavras sua arma. Em 9 de outubro de 2012, quando voltava de ônibus da escola, sofreu um atentado a tiro. Poucos acreditaram que ela sobreviveria. A jornalista Adriana Carranca visitou o vale do Swat dias depois do atentado, hospedou-se com uma família local e conta neste livro tudo o que viu e aprendeu por lá. Ela apresenta às crianças a história real dessa menina que se tornou um grande exemplo de como é possível mudar o mundo. “Malala, a menina que queria ir para a escola” é também uma história de amor aos livros e do poder transformador da educação. Lançado em maio de 2015, o livro chegou à nona reimpressão em menos de um ano. Foi duplamente premiado pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil em 2016, nas categorias “escritora revelação” e “melhor livro informativo” e será publicado em Portugal e em países de língua espanhola.


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