Na trama, o jovem André não consegue parar em nenhum emprego por conta de sua irrefreável compulsão por ler romances policiais. Inspirado em tipos como Sherlock Holmes e Hercule Poirot, ele resolve fazer um curso de detetive por correspondência que o lançará numa bizarra investigação sobre uma competição batizada de O Campeonato. Percorrendo ruas e bares do Rio de Janeiro, André é uma homenagem de Flávio Carneiro à cidade, às histórias de mistério e a seus maiores autores, em especial Rubem Fonseca. O protagonista do livro, no final das contas, é o próprio romance policial, objeto de paixão de heróis e bandidos.
“Nada é gratuito neste romance. Toda a obra é atravessada pela literatura, do fingimento assumido de um Jorge Luis Borges e do glutonismo de Montalbán à solidariedade delirante de um Sancho Pança”
Beatriz Resende, crítica literária