Por João Schlaepfer
Ariano Suassuna é um gênio da poesia, da dramaturgia e do romance brasileiros. “É” porque, embora tenhamos nos despedido em vida, sua obra segue pulsante e inovadora.
A Nova Fronteira tem nos dado o prazer e a alegria de revisitar suas obras, devolvendo às estantes edições dignas de um mestre. A mais recente delas é o Auto de João da Cruz.
Em diálogo com o famoso “Auto da Compadecida”, esta obra se pauta pela disputa de uma alma. De um lado, o demônio. Do outro, emissários divinos. O resultado é um julgamento olímpico. Seu grande diferencial está não apenas no tema e na abordagem, mas também no tom.
Se o primeiro livro (e mais conhecido) tem um lirismo exemplar, este, escrito 5 anos depois, leva ao leitor um tom ainda mais cômico. Que outro escritor travaria uma batalha entre o céu e o inferno pelo viés da comédia?
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