
Em “A máfia dos bombardeios”, Malcolm Gladwell narra um dos episódios mais trágicos e mortíferos da Segunda Guerra Mundial.
Por Felipe Maciel
O mundo se vê diante de um novo conflito armado em pleno continente europeu. Os olhos se voltam para a Ucrânia. Antigas feridas de antigos impérios sobem o tom com armas em punho. A geopolítica é um intrincado jogo de xadrez. Mas se a paz depende de eterna negociação, a guerra leva a lugares difíceis de retroceder.
O jornalista Malcolm Gladwell recorda em A máfia dos bombardeios (Sextante) o ataque aéreo norte-americano que custou a vida de mais de 100 mil civis japoneses, episódio conhecido como a noite mais longa e letal da Segunda Guerra.
Os personagens centrais da narrativa, os Generais Curtis LeMay e Haywood Hansell Jr., representam duas abordagens opostas aos bombardeios. O lema “Faz-se a guerra da forma mais feroz e brutal possível e, em troca, recebe-se uma guerra mais curta.”, defendido por LeMay, vence.
O resultado: o ataque incendiário que arrasou Tóquio. Gladwell questiona os dilemas morais que o uso da tecnologia pode criar e até onde podemos chegar quando o estado natural é o estado de guerra.