Um cavaleiro chega às portas de um reino onde um príncipe vive isolado do resto do mundo. Fascinado pelas histórias que o outro lhe traz, o príncipe decide acompanhá-lo na travessia das suas próprias terras. Enquanto avançam, o viajante relata suas andanças e mostra que narrar é viajar. Como uma caixa que contém outras caixas, essas histórias, surpreendentes por sua carga mítica e fascinantes por sua modernidade, desdobram-se na construção de um sentido comum.
Alternam-se uma grande narrativa-mãe, a do rei submergindo nos relatos do viajante, e vinte e três contos, onde o leitor encontra, por exemplo, caçadores, monges, lavadeiras, comerciantes, engenheiros, anões, saltimbancos, guerreiros, aristocratas, enfim, personagens regidos pela criatividade e pelo simbolismo. Levado pela linguagem poética e pela capacidade de Marina Colasanti e imergir em outros mundos, o leitor faz as suas próprias viagens.
“Um livro instigante, cuja leitura, virada a última página, adere ao pensamento e fica. Ou melhor, finca raízes de ideias e sensações que frutificam”,
O Estado de São Paulo