Sobre o autor
Daniel Kondo nasceu em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, é descendente de japoneses e atualmente vive em Punta del Este, no Uruguai. Designer gráfico e ilustrador, destaca-se pela habilidade de articular referências culturais brasileiras, japonesas e contemporâneas em um estilo próprio, premiado e amplamente reconhecido.
Entre suas conquistas estão o Prêmio Jabuti de Melhor Livro Infantil (2022), com Sonhozzz (Moderna), em parceria com Silvana Tavano; o Prêmio Cátedra Unesco de Leitura, com A Mancha (FTD, 2020), ao lado de Guilherme Gontijo Flores, e Feira feroz (VR Editora, 2021), com Adriana Fernandes; além do Prêmio João-de-Barro (2011) por Psssssssssssssiu! (Callis, 2012), também com Silvana Tavano. Em 2017, recebeu o Prêmio FNLIJ Orígenes Lessa por Um lugar chamado aqui (SESI-SP, 2016), com texto de Felipe Machado.
No cenário internacional, teve obras selecionadas para o catálogo The BRAW Amazing Bookshelf da Feira de Bolonha nos anos de 2023 e 2025, com títulos como El rojo orgulloso (Marisqueta, 2022), em parceria com Alejandra González, Desembarcados (FTD, 2024) em parceria com guilherme Gontijo FLores e Cantos da Terra (Plural, 2024) com Paulo Santos. No mesmo evento, recebeu a Menção Honrosa New Horizons por Tchibum! (Cosac Naify, 2009), obra criada em parceria com Gustavo Borges.
A produção artística de Kondo se estrutura em três eixos principais. Pelo viés da cultura pop e da música brasileira, criou obras como Tchibum! e Lulu: Traço e Verso (Jubarte, 2021), com Lulu Santos — finalista do Jabuti em Projeto Gráfico. Também se destaca nos títulos Andar com fé (WMF Martins Fontes, 2023), com Gilberto Gil, e Açaí + Seca (WMF Martins Fontes, 2024), com Djavan — livros que inauguram o selo LetraIlustre. Outro exemplo é ABCXYZ (Reco-reco, 2024), criado com o escritor Sérgio Rodrigues: um abecedário poético que combina visualidade e linguagem de forma lúdica e sofisticada, explorando a musicalidade das palavras em ritmo gráfico.
Seu trabalho frequentemente estabelece pontes entre o Brasil e o Japão. A temática da cultura japonesa e da ancestralidade oriental está presente em livros como Entregas expressas da Kiki (Estação Liberdade, 2021), de Eiko Kadono, e Quando Kappa encontra Curupira (WMF Martins Fontes, 2023), com Fernanda Takai. Já em Princesa Kaguya (Cai-Cai, 2023), em coautoria com Carol Naine e com apoio da Japan House, revisita a mais antiga lenda japonesa sob uma ótica brasileira, entrecruzando imaginários culturais.
Kondo desenvolve, paralelamente, parcerias com poetas contemporâneos. Esse enfoque é a tônica de obras como A mancha, criada em coautoria com Guilherme Gontijo Flores, em que desenvolve uma narrativa visual para um manifesto ecológico. Já Monstros do cinema (SESI-SP, 2016), com Augusto Massi, propõe um passeio lúdico pela história do cinema. O livro venceu o Prêmio FNLIJ de Melhor Livro Brinquedo e foi finalista do Jabuti. A parceria com Massi continua em Eletricista (ELO, 2025), reforçando a sinergia entre palavra e imagem como potências poéticas e narrativas.
Além dos livros, Daniel atua em projetos editoriais, campanhas culturais e reportagens ilustradas — como a realizada para a revista piauí (edição especial, 2020). Durante a pandemia, sua série Olimpíada da Quarentena viralizou, revelando o alcance e a versatilidade de sua produção. Também atua como consultor editorial para grandes grupos, ampliando sua contribuição para o mercado literário e educacional.
Com uma trajetória marcada pela inovação estética e pelo diálogo entre culturas, Daniel Kondo consolida-se como um dos ilustradores mais premiados e originais da cena infantojuvenil brasileira.
“Gilberto Gil, Djavan, Lulu Santos, Fernanda Takai… esses são só alguns dos nomes com os quais o ilustrador, designer e artista gráfico Daniel Kondo trabalhou ao longo dos últimos anos. Kondo é o idealizador da coleção ‘Letrailustre’, que traz letras de canções emblemáticas da música nacional interpretadas por grandes artistas visuais. Conhecido pela diversidade do seu trabalho, o artista é um dos nomes mais respeitados do mercado editorial brasileiro quando o assunto é ilustração.”
Revista Gama sobre Daniel Kondo
“Nessa obra, os poemas brincam e contam as histórias de animais que foram extintos no planeta. São aves, mamíferos terrestres ou aquáticos e até o homem de Neandertal, um primo do Homo sapiens, que já viveu na Terra antes de nós. As ilustrações de Daniel Kondo trazem imagens estilizadas dos animais. No final há um encarte apresentando as espécies que “desceram da Arca de Noé” ao longo dos milênios.”
Folha de S.Paulo sobre Desembarcados (FTD)
Daniel Kondo dialoga com a tradição do Lobo Mau, tira sarro dela e, ao mesmo tempo, nada contra a maré contemporânea de desconstrução desse personagem. Na história de Kondo, o lobo está sofrendo com dor de dente. Por isso, aparecem porquinhos, cabritinhos e até a vovozinha para ajudá-lo a resolver esse problema. Não conto o final, mas é importante abrir o olho e ficar esperto. Nenhum lobo abre a boca à toa.
Folha de S.Paulo sobre Lobo Mau com dor de dente (Carambaia)
Leia mais:
Entrevista de Daniel Kondo para a Revista Gama
Nota da coluna Lauro Jardim/O Globo sobre Açaí + Seca (WMF Martins Fontes)
Clube Quindim indica o livro Lobo Mau com dor de dente (Carambaia)
Matéria de O Globo sobre Lulu: Traço & Verso (Pancho Sonido)
Matéria da Revista Piauí: ilustrações exclusivas de Daniel Kondo
Matéria de O Globo sobre Lulu: Traço & Verso (Pancho Sonido)
Matéria do Jovem Nerd sobre Daniel Kondo
Entrevista de Daniel Kondo para o canal do YouTube A Taba
Entrevista de Daniel Kondo para o site Esconderijos do tempo sobre Monstros do cinema (Sesi-SP)