Ricardo Ramos

Sobre o autor

Ricardo Ramos (1929-1992) morou em Maceió até os 14 anos, na casa da avó, por conta da prisão de seu pai, o consagrado escritor Graciliano Ramos, durante a ditadura Vargas. Depois, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde começou a trabalhar em jornalismo e a cursar um colégio noturno. Publicou, nessa época, seus primeiros contos em revistas e suplementos literários cariocas. Graciliano era sempre o seu primeiro leitor.

O escritor formou-se em Direito, mas nunca exerceu a profissão. Incentivado pelo pai, passou a dedicar-se à Publicidade. Morou em São Paulo por mais de trinta anos, trabalhando em agências como a Thompson, até se tornar sócio da Tempo de Propaganda. Do autor de Vidas secas, herdou a concisão e o labor empregado nos textos, além do engajamento em causas sociopolíticas.

Em um livro de contos brasileiros, publicado pela da Georgetown University (EUA), o editor Anthony Castagnaro escreveu: “À sua maneira, Ricardo Ramos adianta a solução de exprimir o essencial em ficção, tão nobremente antecipada por seu pai”. Mais tarde, no belo Graciliano: retrato fragmentado (Editora Globo), Ricardo revelou não só o Graciliano escritor, político e intelectual, mas também o homem brincalhão, desatento, intempestivo e seus hábitos. Trata-se de um livro marcado pela sensibilidade, que Ricardo concluiu nos seus últimos dias de vida e no qual, generosamente, dividiu com o leitor flashes e lembranças de seu convívio com o pai.

 


 

Citações

“Instantâneos (…) compõem este livro. Dos seus anos de diária convivência com o pai, Ricardo Ramos recorda aqui momentos particularmente ilustrativos dos hábitos de vida e de trabalho, das idiossincrasias de caráter, do comportamento dentro e fora de casa, das opiniões sobre pessoas e acontecimentos, das ideias literárias, políticas e filosóficas de Graciliano Ramos. Mais do que um tributo de admiração filial, trata-se do depoimento de um escritor mais jovem sobre um escritor mais velho do qual ele recebeu algumas lições fundamentais do duro ofício de escrever, além de outras, não menos fundamentais, do duro ofício de viver.”
José Paulo Paes, poeta, ensaísta, tradutor, sobre Graciliano: retrato fragmentado (Editora Globo)

 “Publicada pela primeira vez em 1992, em comemoração ao centenário de nascimento de Graciliano Ramos, a nova edição foi atualizada com manuscritos e fotos inéditos. Conta ainda com o prefácio do escritor Silviano Santiago e apresentações dos netos de Graciliano, Rogério Ramos e Ricardo Filho.”
Revista Cult, sobre Graciliano: retrato fragmentado (Editora Globo)

“Um contista por excelência. Embora tenha publicado romances, novelas, memórias e até livros infanto-juvenis e ensaios, foi no conto que Ricardo Ramos promoveu todo o esmero de sua linguagem. Depois de uma breve, mas incompreensível, ausência das livrarias, suas obras voltam a circular e podem ser mensuradas em sua indiscutível importância. Nesta volta surgem, pela Globo, os livros ‘Graciliano: retrato fragmentado’, originalmente lançado em 1992, no qual faz um autobiográfico relato da convivência com o pai, o escritor Graciliano Ramos, e ‘Circuito fechado’, livro de contos lançado em 1972 que marca uma inovação estilística em sua narrativa.”
Rascunho, sobre Ricardo Ramos

 


 

Leia mais

Matéria da IstoÉ sobre Graciliano: retrato fragmentado (Editora Globo)


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Vídeos

  • Crônicas
    Contos e Crônicas
    prelo, Globo .
  • Os Caminhantes de Santa Luzia
    Novela
    192 págs, 1959/2013, Biblioteca Azul.
  • Circuito Fechado
    Contos e Crônicas
    202 págs, 2012, Biblioteca Azul.
  • Graciliano: Retrato Fragmentado
    Biografia e Memórias
    272 págs, 2011, Globo .
  • Matar um Homem
    Contos e Crônicas
    172 págs, 1992, Siciliano (dir.revertidos).
  • Toada para Surdos
    Contos e Crônicas
    138 págs, 1977, Record (dir.revertidos).
  • Rua Desfeita
    Contos e Crônicas
    128 págs, 1963, José Álvaro (dir.revertidos).