Genêro do Autor: Biografia e Memórias

Joselia Aguiar

24 de julho de 2024

Sobre a autora

Joselia Aguiar é escritora e jornalista, nascida em Salvador e radicada em São Paulo. Estudou, de início, Letras e Jornalismo, tornando-se bacharel em Comunicação Social pela UFBA. Concluiu pós-graduação em relações internacionais pelo NUPRI-USP e tornou-se mestre e doutora em História pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.

Como autora, escreveu Jorge Amado: Uma biografia (Todavia), livro vencedor do prêmio Jabuti de 2019 na categoria Biografia, Documentário e Reportagem, e também publicado em Portugal pela Editora Dom Quixote. Atualmente, está finalizando sua biografia sobre a pintora Djanira da Motta e Silva, artista brasileira de origem indígena e austríaca e um dos grandes nomes da arte moderna do país no século 20. O livro será também publicado pela Todavia.

A convite da Editora Rosa dos Tempos (Grupo Editorial Record), organizou a Coleção Brasileiras, que publicou os livros Niéde Guidon, Uma arqueóloga no Sertão, de Adriana Abujamra, e Patrícia Galvão, Pagu: Militante irredutível, de Maria Valéria Rezende.

A escritora participou, ainda, da antologia de contos infantil e juvenil O amanhã cheio de histórias (FTD Educação), ao lado de Eliana Alves Cruz, Ignácio de Loyola Brandão, Isabela Noronha, Itamar Vieira Junior, Maria Valéria Rezende, Paloma Franca Amorim, Ondjaki e Socorro Acioli, obra agraciada com o selo Altamente Recomendável da FNLIJ. Em parceria com Eduardo Socha, Francisco Bosco, organizou o livro Indisciplinares (Funarte), uma coleção de ensaios brasileiros contemporâneos.

Foi curadora da Festa Literária Internacional de Paraty nas edições de 2017, que homenageou Lima Barreto, e 2018, em homenagem a Hilda Hilst. Dirigiu a Biblioteca Mário de Andrade entre 2019 e 2021. Presidiu o primeiro conselho do Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca de São Paulo (2020-2021) e fez parte do conselho fiscal da SPCINE (2019-2021). Desde 2018 integra o conselho consultivo da Fundação OSESP.

Oferece cursos e oficinas no campo da escrita criativa desde 2014 em instituições como FAAP, Instituto Vera Cruz, Sesc (Ceará, São Paulo e Paraná), Tapera Taperá, Escrevedeira e Atelier Paulista. Atuou também como jurada de prêmios literários prestigiosos, como Oceanos, Leya (Portugal), São Paulo de Literatura, Jabuti, Barco a Vapor, Todavia de Não Ficção e Paraná de Literatura.

Atuou também como repórter, redatora, colunista de livros e correspondente em Londres para a Folha de S.Paulo. Editou a revista mensal de livros EntreLivros, já extinta, e segue colaborando para jornais e suplementos de cultura do país, com destaque para o Estadão e o Valor Econômico.

 


Citações

“Nessa excelente biografia, Jorge Amado aparece por inteiro: os amores, a amizade, a trajetória literária, e o empenho político em períodos obscuros do século passado. É uma viagem à vida e à obra do romancista brasileiro mais lido no mundo.”
Milton Hatoum, escritor, sobre Jorge Amado: Uma biografia (Todavia)

“Biografia de Joselia Aguiar é um prodígio de síntese, triunfo de ponderação e prazer na elegância de estilo, além de trazer revelações e episódios menos conhecidos.”
Amir Labaki, jornal Valor Econômico  sobre Jorge Amado: Uma biografia (Todavia)

“Jorge Amado resumiu como ninguém todos os paradoxos e contradições do Brasil. É uma figura de tamanho continental que ressurge, com toda a sua complexidade, das páginas desta excelente biografia.”
Benjamin Moser, escritor e historiador, sobre Jorge Amado: Uma biografia (Todavia) 

“Joselia Aguiar compôs um notável mosaico, no qual a riqueza do personagem é sublinhada pela multiplicidade de facetas.”
João Cesar de Castro Rocha, Revista VEJA, sobre Jorge Amado: Uma biografia (Todavia)

“O trabalho de Aguiar se debruça sobre documentos de época, arquivos espalhados pelo mundo e valiosos depoimentos dos coetâneos de Jorge, costurando um volume assombroso de informações em uma narrativa saborosa e fluida. (….) Felizmente, sua obra vem sendo reavaliada pela academia nas últimas décadas, e agora ele tem sua vida admirável contada nessa biografia corajosa e delicada de Joselia Aguiar.”
Fabio Cesar Alves, Revista Revista Quatro cinco um, sobre Jorge Amado: Uma biografia (Todavia)

“Quase 700 páginas convocam putas, diplomatas e poetas populares, orixás e santos com pés de barro, políticos, intelectuais, amigos e facínoras de várias espécies (por vezes acumulando) e até  chuva de cravos que conquistou a Zélia. (….) Se há vidas que nunca se acabam, esta vida é caminho.”
Miguel Carvalho, Revista Visão (Portugal), sobre Jorge Amado: Uma biografia (Todavia)

“[o livro] está tão bem escrito, quanto bem documentado, e articula magistralmente os dados objetivos da vida do escritor com episódios pessoais e curiosidades que transformam a existência humana  num percurso recheado de mágica.”
Jornal Correio da Manhã (Portugal), sobre Jorge Amado: Uma biografia (Todavia)

 


Leia mais

Entrevista de Joselia Aguiar para a Folha de S.Paulo sobre Jorge Amado: Uma biografia (Todavia)

Entrevista de Joselia Aguiar para o Estadão sobre Jorge Amado: Uma biografia (Todavia)

Entrevista de Joselia Aguiar para a Revista Exame sobre Jorge Amado: Uma biografia (Todavia)

Manoel de Barros

16 de dezembro de 2022

Sobre o autor

Manoel Wenceslau Leite de Barro, que se tornaria conhecido em todo o país como Manoel de Barros, nasceu em Cuiabá, Mato Grosso, em dezembro de 1916. Passou a infância no Mato Grosso do Sul, primeiro numa fazenda próxima a Corumbá, quando passava longas temporadas no Pantanal, onde desenvolveu o olhar para os movimentos da natureza. Aos doze anos, foi matriculado no Colégio São José, no Rio de Janeiro — cidade em que morou por mais de trinta anos, antes de retornar ao Mato Grosso do Sul, onde permaneceu até 2014, quando faleceu aos 97 anos.

Na juventude, viajou pela Bolívia e Peru, antes de chegar a Nova York. Na cidade americana, fez cursos de cinema e artes plásticas. Ao retornar ao Rio de Janeiro, conheceu a mineira Stella, com quem logo se casou. É autor de dezoito livros de poesia e também de obras para o público infantil e relatos autobiográficos, todos publicados atualmente pela Alfaguara. Seu primeiro livro, Poemas concebidos sem pecado, saiu em 1937. Pouco depois, lançou Face imóvel e, em 1946, Poesias.

Nos anos 1980, admiradores famosos de seus versos, como Millôr Fernandes e Antônio Houaiss, passaram a divulgar a poesia de Manoel de Barros, e a citá-lo em colunas de jornais. Com a notoriedade tardia, começou a chamar atenção das editoras e do público e foi publicado em Portugal, França, Espanha e Estados Unidos. Na década de 90, escreveu títulos fundamentais para a sua obra poética, entre eles O livro das ignoraçãs, de 1993, e Livro sobre nada, de 1996.

No documentário Só dez por cento é mentira, lançado em 2008 por Pedro Cezar, ao ser questionado sobre como gostaria de ser lembrado, Manoel ri, coça o peito, diz que a pergunta é cruel, para, em seguida acrescentar que o único jeito é pela poesia. “A gente nasce, cresce, amadurece, envelhece, morre. Pra não morrer, tem que amarrar o tempo no poste. Eis a ciência da poesia: amarrar o tempo no poste”.

 


 

Citações

“Um visionário da humildade e solidariedade humanas.”
Antônio Houaiss, filólogo, crítico literário, tradutor, diplomata, sobre Manoel de Barros

“É o maior poeta vivo do Brasil.”
Carlos Drummond de Andrade, poeta e contista e cronista, sobre Manoel de Barros

“Ele busca a gramática que fica antes da gramática, é o que chamo de ‘aquém da linguagem.”
Ítalo Moriconi, poeta e crítico literário, sobre Manoel de Barros

“Afinal, Manoel de Barros sempre foi conhecido pela linguagem artesanalmente construída, sem se ater a convenções gramaticais ou sociais, mas sempre em busca da simplicidade.”
Estadão, sobre Manoel de Barros

 


 

Leia mais

Matéria do Estadão sobre a reedição da obra de Manoel de Barros pela Alfaguara