Genêro do Autor: Filosofia

Silvio Almeida

6 de junho de 2022

Sobre o autor

Natural de São Paulo, Silvio Almeida é um dos mais reconhecidos intelectuais brasileiros da atualidade. Advogado, filósofo, professor e palestrante há duas décadas, é graduado em Direito e em Filosofia e doutor em Filosofia e Teoria Geral do Direito pela Faculdade de Direito da USP. Entre suas atividades, tem se destacado com publicações de artigos e livros nas áreas do direito, da filosofia, da economia política e das relações raciais. Além disso, Silvio mantém uma forte presença nos meios de comunicação social, destacando-se sua atividade como colunista do caderno de Política do jornal Folha de S. Paulo.

É professor da Escola de Administração de Empresas de São Paulo e da Escola de Direito de São Paulo, ambas da Fundação Getúlio Vargas, e leciona na tradicional Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie. O autor se destaca, ainda, por sua experiência internacional como professor visitante e pesquisador nas universidades de Columbia e Duke, duas das mais prestigiadas do mundo.

Silvio também está à frente do Instituto Luiz Gama, organização de direitos humanos que promove a defesa jurídica de minorias e projetos de educação antirracista. Nos últimos anos, proferiu palestras nacionais e internacionais, além de ter prestado consultoria para instituições públicas e privadas.

Seu livro “Racismo estrutural” (Jandaíra) é considerado um dos mais relevantes estudos sobre teoria social recentemente publicados no Brasil. É também o autor de “Sartre: Direito e Política” (Boitempo) e de “O Direito no jovem Lukács” (Alfa-Ômega). Seu próximo livro, “Estado, direito e raça no pensamento social brasileiro”, ainda inédito, será publicado pela Companhia das Letras.

Em seu canal no YouTube, Silvio apresenta ao público análises políticas a partir de músicas, videoclipes, HQs, livros, filmes e séries, além de entrevistas com nomes da cultura e da política nacionais relevantes, entre eles Mano Brown, Emicida, Lázaro Ramos, Luiz Antônio Simas, Itamar Vieira Júnior, Benedita da Silva e Leci Brandão.

 


Citações

O trabalho de Silvio Almeida tem tornado o Brasil um pouco mais consciente de que o racismo não é um resquício anacrônico do período colonial, que os homens de boa vontade almejam um dia eliminar, mas sim a própria condição estrutural que torna possível ao país existir enquanto tal.”
Acauam Oliveira, professor da Universidade Federal de Pernambuco, sobre Racismo estrutural (Jandaíra)

“Há tempos não via clareza de raciocínio e acuidade intelectual como a de Silvio Almeida. Sua visão sistêmica sobre racismo é um corte radical nas discussões sobre desenvolvimentismo e sobre inclusão. Ele consolida a ideia de que não há desenvolvimento sem inclusão. E expõe com uma clareza insuperável a condição brasileira, de periferia do capitalismo, de atraso.”
Luis Nassif, jornalista e escritor, sobre Racismo estrutural (Jandaíra)

“Um dos maiores intelectuais do país, o advogado resgata sua história e aponta o pensamento crítico e a diversidade como caminhos para a construção de um futuro justo.”
Revista Trip sobre Silvio Almeida

 


Leia mais

Entrevista de Silvio Almeida para o Roda Viva

Entrevista de Silvio Almeida para Lilia Schwarcz

Entrevista de Silvio Almeida para o El País

Matéria da revista Trip sobre Silvio Almeida

Matéria do site Hypeness sobre Silvio Almeida

Capa da Revista Gol sobre Silvio Almeida

Millôr Fernandes

21 de novembro de 2018

Sobre o autor

É difícil encontrar uma definição que caiba em Millôr Fernandes, assim como evitar um trocadilho com o seu nome, tão particular quanto sua personalidade sui generis. Mas, se algo pode ser dito sobre os atributos do Guru do Méier, é que Millôr foi genial em tudo que se propôs a fazer, seja como desenhista, prosador, poeta, humorista, dramaturgo, tradutor ou jornalista.

Nascido no Rio de Janeiro, em 1923, Millôr ficou órfão de pai e mãe na infância e ainda jovem começou a trabalhar na revista O Cruzeiro, iniciando precocemente uma trajetória brilhante pela imprensa brasileira, onde deixaria sua assinatura inconfundível nos principais veículos de comunicação do país. Em mais de 70 anos de carreira, produziu de forma prolífica, destacando-se em publicações como Veja, O Pasquim e Jornal do Brasil e a Pif-Paf, esta última uma versão ampliada e em formato revista da seção homônima que manteve com grande sucesso em O Cruzeiro.

Em seus trabalhos, exercia a ironia e a sátira para criticar o poder e as forças políticas, sendo constantemente confrontado pela censura. Com uma personalidade livre e sem se dobrar a posições ideológicas pré-concebidas, foi um desbravador no panorama cultural brasileiro ao se dedicar ao cartum e à ilustração com igual tenacidade que à tradução de Shakespeare, de quem verteu para o português as principais obras, Tchékov ou Ibsen. No teatro, além das adaptações dos grandes clássicos, escreveu com Flávio Rangel Liberdade, liberdade, um marco da resistência cultural à ditadura. Ia, aliás, do aforismo ao haikai, da fábula à dramaturgia com a mesma desenvoltura de quem vai às areias de Ipanema para jogar frescobol, esporte que muito se orgulhava de ter inventado.

Com a saúde fragilizada em 2011, após sofrer um acidente vascular cerebral, morreu em março de 2012, aos 88 anos, deixando uma obra que desafia o tempo e as classificações, em livros como A verdadeira história do paraíso, A Bíblia do caos, Fábulas fabulosas e Trinta anos de mim mesmo. Em 2014, foi o autor homenageado da FLIP, que destacou a versatilidade e o humor do artista. Pouco depois de sua morte, sua extensa obra gráfica foi incorporada ao acervo do IMS, que organizou, em 2016, a primeira retrospectiva dedicada aos desenhos de Millôr Fernandes, composta por 500 originais, dos autorretratos à imensa e importante produção do Pif-Paf.

 


 

Citações

“Millôr, duas sílabas fortes, desconcertantes e gentis, cuja rima pode ser flor e também dor. Os olhos eram de águia, mas, também de pintassilgo, colibri, sabiá.”
Fernanda Montenegro, atriz, sobre Millôr Fernandes

 “Foi o cara que mais admirei na vida.”
Jaguar, cartunista, sobre Millôr Fernandes

“Nunca conheci ninguém tão inteligente quanto ele, e tão destemido para pensar.”
Claudius Ceccon, cartunista e humorista, sobre Millôr Fernandes

“O tamanho do Millôr é o tamanho do trabalho de quase 70 anos de gerente de vigilância da coisa pública. Foi o vigia, o ganso do capitólio, vigiando com coragem.”
Cassio Loredano, desenhista e caricaturista, sobre Millôr Fernandes

“Mas então, em 1965, o democrata e anticomunista Millôr Fernandes enfrentava a duras penas os novos tempos, sempre atrasado.”
Folha de S. Paulo, sobre o lançamento de Teatro completo de Millôr Fernandes (L&PM)

 


 

Leia mais

Texto de Fernanda Montenegro no Blog do IMS sobre Millôr Fernandes

Fernanda Montenegro fala sobre Millôr Fernandes

Autor homenageado da FLIP 2014

Acervo de Millôr Fernandes no IMS