
Por Felipe Maciel
Já no finalzinho de 2020, a escritora mineira radicada em Londres Nara Vidal lançou pela Faria e Silva o livro de contos Mapas para desaparecer, uma obra de extrema sensibilidade, escrita sob o impacto da primeira onda da pandemia.
Em cada uma das 12 histórias reunidas para o volume, a autora propõe ao leitor que se atente às várias formas de desaparecer em vida, o que Herman Hesse definiu em Sidarta como “o cruel aniquilamento do próprio eu”. Os subtítulos que acompanham cada narrativa servem de bússola: ausência, anulação, indigência, desaparecimento, extravio, engano, apagamento, disfarce, morte e final.

Mapas para desaparecer foi escrito em poucos meses. “Acho que isso tem a ver com a proposta e o tema de cada livro. Neste não havia razão em demorar. Eu entrei numa rotina de acordar às quatro da manhã todos os dias e tentar escrever um conto, ou partes de um conto e, assim, fui colecionando material suficiente para organizar o volume.”, revelou a autora.