
Mateus Baldi estreia na literatura com “Formigas no paraíso”, obra constituída por 11 contos que retratam densas subjetividades em situações aparentemente banais.
Por Felipe Maciel
“Quem lê esse primeiro livro de Mateus Baldi não imagina: que é o primeiro, que ele é um autor tão jovem e que os personagens que compõem os contos de ‘Formigas no paraíso’ tenham sido inventados. A maturidade de sua escrita — concisa, física e penetrante — dá ao leitor a sensação de que se trata de um autor experiente, tanto na arte da escrita como na vida. E realmente é algo a se pensar.”
Quem assina o elogio estampado no texto de orelha de Formigas no paraíso, obra que marca a estreia literária de Mateus Baldi é a experiente e premiada escritora Noemi Jaffe. A recepção calorosa ao livro que reúne 11 contos inéditos do autor e acaba de sair pela Faria e Silva Editora não para por aí: Arthur Dapieve, Giovana Madalosso e Marcelo Moutinho também fazem coro para um dos primeiros grandes livros do ano.
O cenário é o Rio de Janeiro, mas a matéria-prima que conduz a escrita do autor é a subjetividade de suas personagens, quase todas mulheres, que vivem os pequenos grandes dramas que regem nossas vidas. Mateus escreve sobre questões familiares, traumas nunca superados e desejos silenciados e recalcados.
Assim, ele nos apresenta a Karen, Wong, Vera, Bruno, Marina e tantos outros, envoltos por uma melancolia do que poderíamos ser ou ter sido. Um mosaico inventado e demasiadamente humano, cujo elo comum é a nossa eterna incompletude.
Selecionamos trechos de alguns dos contos. Confira!