João Ubaldo Ribeiro

Sobre o autor

Autor de uma obra versátil, satírica e de grandes romances de formação da identidade nacional, o baiano de Itaparica João Ubaldo Ribeiro consagrou-se como um dos maiores romancistas da literatura brasileira. Nasceu em 1941 e passou a infância com a família em Sergipe, onde o pai era professor e político. Na década de 50, de volta a Salvador, matriculou-se no Colégio Bahia, onde conheceu Glauber Rocha, de quem se tornaria amigo. Bacharel em Direito, jamais chegou a advogar. Escreveu mais de 15 livros, traduzidos em 16 países, entre eles o clássico Viva o povo brasileiro (Alfaguara), que já superou a marca dos 120 mil exemplares vendidos. Em 1993, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras e, em 2008, recebeu o Prêmio Camões de Literatura. Faleceu em 2014, no Rio de Janeiro, aos 73 anos.

Entre outras atividades, foi professor da Escola de Administração e da Faculdade de Filosofia da Universidade Federal da Bahia e da Escola de Administração da Universidade Católica de Salvador. Como jornalista, trabalhou como repórter, redator, chefe de reportagem e colunista do Jornal da Bahia; colunista, editorialista e editor-chefe da Tribuna da Bahia, e colunista dos jornais Frankfurter Rundschau, na Alemanha, e de O Globo e do Estadão, além de ter colaborado para diversas publicações no exterior, entre elas Diet Zeit, na Alemanha, e The Times Literary Supplement, na Inglaterra.

Ubaldo Tinha 30 anos quando lançou Sargento Getúlio (Alfaguara), em 1971, romance regionalista que, segundo a crítica, filiou o autor à vertente literária que sintetiza o melhor de Graciliano Ramos e de Guimarães Rosa. Em 1983, a obra foi adaptada para o cinema, em produção dirigida por Hermano Penna e protagonizada por Lima Duarte. É também autor de crônicas, contos, ensaios e de livros infanto-juvenis.

Considerado hoje um clássico da literatura erótica, A casa dos budas ditosos (Alfaguara) chegou às livrarias em 1999. O romance de Ubaldo sobre a luxúria conquistou uma legião de leitores. Em 2004, a obra foi adaptada para o teatro por Domingos Oliveira, em um monólogo estrelado por Fernanda Torres. O espetáculo rodou todo o país, permaneceu por mais de uma década em cartaz e continua a tirar o sono dos moralistas de plantão.

 


 

Citações

“E aqui eu vos digo, que João Ubaldo só foi eleito imortal (!) da Academia por ser o grande escritor que é, por nenhuma outra razão.”
Jorge Amado, escritor, sobre João Ubaldo Ribeiro

“Talvez o mais brasileiro dos nossos escritores. Foi um herdeiro do Jorge Amado, da baianice.”
Luis Fernando Verissimo, escritor, cronista e colunista, sobre João Ubaldo Ribeiro

“João Ubaldo passou pela catraca. Provavelmente foi morar com seus personagens, no céu da ficção. Deixou-nos a nós, seus leitores, com a sensação de do inacabado, talvez inerente à vida. Mas vai continuar pairando, com seu sorriso lagarto, no horizonte da literatura brasileira”
Geraldo Carneiro, poeta, dramaturgo e roteirista, sobre João Ubaldo Ribeiro

“Ubaldo tinha por características essa história de contar causos. Você passava uma noite, era um atrás do outro, você ficava dependente daquilo que a ‘Casa dos Budas’ tem.”
Fernanda Torres, atriz e escritora, sobre João Ubaldo Ribeiro

“O João Ubaldo é um escritor que admiro tanto que até hoje fico completamente imbecil do lado dele. (…) conseguiu uma fusão que para mim seja talvez até hoje crucial — embora nem todos os meus livros sigam essa linha —, que é a de uma grande erudição — você lê aquele livro e nitidamente vê que ele é um homem extremamente culto: sabe história, história da língua, sociologia, sabe um monte de coisa, sabe história da cultura popular. E você pega toda essa erudição e joga um tempero de humor — que é um pouco a receita do Eça também.”
Rodrigo Lacerda, escritor e editor, sobre João Ubaldo Ribeiro

“É um escritor importante dentro do universo de renovação do regionalismo. Ele entra nesse viés de casos folclóricos locais e questões universais. Do realismo mágico latino-americano ele é o mais importante dos presentantes do Brasil, como Jorge Amado, e tem essa visão simpática dos costumes populares regionais de uma corrente mais moderna, próxima do Guimarães Rosa. Para mim, o melhor livro dele é o ‘Sargento Getúlio’, sem dúvida.”
Alcir Pécora, professor universitário e crítico literário, sobre João Ubaldo Ribeiro


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