
Por Felipe Maciel
“Este livro é uma declaração de amor à língua portuguesa brasileira. Sim, eu disse ‘língua portuguesa brasileira’. Portuguesa porque foi inventada lá, brasileira porque faz mais de cinco séculos que a falamos aqui.”
Com essas palavras Sérgio Rodrigues dá o tom de “Viva a língua brasileira” (Companhia das Letras), um livro sensacional que nos recordamos no Dia Mundial da Língua Portuguesa, celebrado em 10 de junho. Brasileira e portuguesa, sim! Elas não se excluem. Há muitos matizes para esta derivação do latim, consagrada por Camões, reinventada por Machado, Oswald e tantos outros.
É sobre o idioma com o qual nos expressamos que reflete, com verve e bom humor, o escritor. Falamos errado? Desdenhamos o próprio idioma? O autor responde essas questões controversas “sem caretice e sem vale-tudo”.
Na batalha entre a norma padrão (a pura flor do Lácio) e a autenticidade e a constante mutação (para usar um termo da moda) da língua, Sérgio dribla os purismos, apresentando argumentos e boas histórias. A língua é falada hoje e reflete questões atuais, mas há uma lógica. Quer um exemplo? Americano, estadunidense ou norte-americano? Confira na sequência de imagens o que diz o autor.