Num pensionato de freiras paulistano, em 1973, três jovens universitárias começam sua vida adulta de maneiras bem diversas. Narrando em primeira e terceira pessoa, assumindo ora o ponto de vista de uma ora de outra das protagonistas, Lygia Fagundes Telles constrói um romance pulsante e polifônico, sobre o espírito daquela época conturbada e de vertiginosas transformações, sobretudo comportamentais. Obra de grande coragem na época de seu lançamento (1973), por descrever uma sessão de tortura numa época em que o assunto era rigorosamente proibido, As meninas acabou por se tornar, ao longo do tempo, um dos livros mais aplaudidos pela crítica e também um dos mais populares entre os leitores da autora. Recebeu o Prêmio Coelho Neto, da Academia Brasileira de Letras, Jabuti e APCA.
“Que beleza, que força, que matéria viva e lancinante em As meninas.” – Carlos Drummond de Andrade
“Lygia Fagundes Telles tem realmente algo da delicadeza atmosférica de uma Katherine Mansfield. A diferença é apenas a seguinte: ela também sabe escrever romance e As meninas é mesmo um romance de alta categoria.” – Otto Maria Carpeaux.