
Após duas décadas dos atentados terroristas às Torres Gêmeas, em Nova York, os episódios que marcaram a virada para o século 21 ainda intrigam.
Por João Schlaepfer
Os noticiários exibem a realidade e é choque atrás de choque, de tal modo que naturalizamos o inadmissível e desumanizamos crimes e tragédias irreversíveis.
Nessas horas, a literatura é uma das fortes aliadas para recuperarmos nossa sensibilidade e olharmos para o mundo para além de estatísticas e manchetes. É a isso que se propõe o livro O único avião no céu — Uma história oral do 11 de setembro, de Garrett M. Graff, recém-lançado pela todavia.
O atentado às Torres Gêmeas completa 20 anos nas próximas semanas. Já vimos e revimos as imagens de todos os ângulos possíveis. A retomada no Talibã em território afegão nos põe a refletir se as decisões de 20 anos atrás foram as corretas. Crime, imagem e política.
The Wall Street Journal nos adianta: “Notável. Página após página, o leitor encontrará palavras que o assustarão, ou o deixarão com raiva, ou de coração partido.”
Precisamos nos lembrar de que tudo isso trata de pessoas. De subjetividades, olhares, famílias. Graff tem esse cuidado. Não é uma mera reunião de depoimentos. É uma pesquisa com aqueles que estiveram no que se tornou o foco do mundo por muito tempo. Testemunhas, sobreviventes, amigos e familiares das vítimas. Documentos até então sigilosos. Entrevista com funcionários do governo e bombeiros.
O que todos eles têm a dizer?