Graça é uma espécie de mulher esponja. Buscando ser amada, absorve os hábitos e gostos de cada homem com quem se envolve. Há chance para todos: o fumante, o poeta, o taradão, o boêmio, o simples, o triste, o místico… A história de Graça com cada um deles tem seu capítulo, hilariante, em Louca por homem – histórias de uma doente de amor. “Acho que começou na sétima série, quando me apaixonei por um canhoto e não tive descanso enquanto não escrevi perfeitamente com a mão esquerda”, diz a personagem.
Claudia Tajes leva ao extremo a graça e o ridículo dos relacionamentos amorosos. Os altos e baixos na vida afetiva da protagonista são radicais e divertidíssimos, uma verdadeira montanha-russa.
Quem, tentando contornar as diferenças e investir em uma relação a dois, já não passou dos limites de adaptação ao outro? Graça faz isso compulsivamente. “E assim, ao contrário do que possa parecer, sempre sobra alguém melhor em mim depois de cada depois”, conclui.