11 de fevereiro de 2021

Silviano Santiago desvenda a própria infância


No primeiro volume de sua trilogia de memórias, o escritor recompõe sua trajetória, partindo das memórias da infância


Por: Felipe Maciel

Fui colocando tudo de que fui me lembrando. Quando a gente coloca a nossa história no papel, descobre que a memória tem muito buraco, mas os buracos também são importantes”, afirmou o escritor Silviano Santiago, 84 anos, em entrevista ao Estado de Minas sobre os três volumes memorialísticos em que revisita sua própria trajetória.

Indo da infância no interior de Minas ao Rio atual, passando pela juventude em Paris e os anos de magistério nos EUA, a estrutura narrativa é, propositalmente, fragmentada, assim como os interesses e deslocamentos do autor. O primeiro volume, Menino sem passado (Companhia das Letras), conta com mais de 400 páginas e acaba de chegar às livrarias e cobre os anos de 1936 a 1948.

O escritor retorna à pequena Formiga de seus primeiros anos, época marcada pela perda da mãe, pela turbulenta relação com o pai e os valores tradicionais do Brasil interiorano da primeira metade do século 20, mas também pela descoberta do cinema e das revistas em quadrinhos.

Doutor pela Sorbonne e professor em diversas universidades na Europa e nos Estados Unidos, Silviano venceu quase todos os principais prêmios da língua portuguesa e da América Latina: Oceanos, Machado de Assis, Casa das Américas, e nada menos do que três Jabutis.



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