16 de julho de 2021

Galileu e o negacionismo


Por Felipe Maciel

Parece ser algo difícil aprender com os erros já cometidos. Negar a ciência, o conhecimento e a experiência não é novidade alguma. Galileu que o diga. Mas, como a teimosia (ou a burrice, diriam alguns) persiste, indicamos, hoje, a leitura de Galileu e os negadores da ciência (Record), do astrofísico Mario Livio.

Não há ideologias aqui. Aliás, a ciência as refuta. Diante da lacuna de algum conhecimento, inclusive, os cientistas, céticos, informam: não temos a resposta. Talvez, por isso, a ciência seja tão desconcertante, Ela não promete conforto, é processo em construção. Não garante certezas absolutas, mas apontam mentiras e a manipulação de fatos e dados.


A história de Galileu Galilei, quem diria, segue como encruzilhada contemporânea. Suas descobertas, baseadas na observação cautelosa e em experimentos engenhosos, contradiziam o senso comum e os ensinamentos da Igreja Católica à época. A Terra, infelizmente, não era o centro do mundo. Havia, antes, o sol. E nosso humilde planeta orbita ao redor da estrela reluzente. Uma ferida narcísica a nossa tamanha pretensão.

“Enquadrado pelos inquisidores pela primeira vez em 1616, Galileu passou a disfarçar sua defesa da teoria, mas nunca desistiu dela. Desancando os que condenavam a ciência com base na visão literal da Bíblia, apontou ser impossível ‘que o mesmo Deus, que nos deu nossos sentidos, nossa razão e nossa inteligência, desejasse que abandonássemos seu uso’.”, como analisa o artigo publicado recentemente na revista Veja sobre o livro.



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